Um belo dia de Julho
Mimosa com curiosidade.
Nano e Negri não sabiam que responder. Dizer a verdade podia significar um desgosto, mas ao mesmo tempo, ela tinha que saber que não era igual, que a menina com quem brincava desde que nasceu, Alicia, de seu nome, carinhosa com todos, inclusivé com os animais, e que tinha protegido a Mimosa desde pequena, dando-lhe de comer e brincando com ela entre as oliveiras e azinheiras da quinta. Sempre viu na sua protegida algo especial que não via nos outros, era como se, no fundo, fosse igual a ela.
Nano decidiu contar a verdade à filha. “Olha Mimosa, nós somos a subsistência dos amos da quinta, eles cuidam de nós, alimentam-nos e deixam-nos viver felizes, mas em troca devemos oferecer-lhes alimentos, e aí reside o nosso problema: é que nós somos o seu alimento”.
”Como é que somos o seu alimento? Que queres dizer?” Preguntou Mimosa, mal-humorada.
”Todos temos o nosso destino nesta vida, e é impossível alterá-lo”, disse Negri.
”Eu posso alterá-lo,” respondeu a filha, já li contos nos quais aparecia um príncipe e com um beijo solucionava tudo!”
Passou o Inverno, com as suas neves brancas, e voltaram a brotar as flores…
Julho regressou, e com ele voltaram a nascer novos cordeirinhos, e talvez Mimosa tenha alterado o seu destino…
Nano e Negri não sabiam que responder. Dizer a verdade podia significar um desgosto, mas ao mesmo tempo, ela tinha que saber que não era igual, que a menina com quem brincava desde que nasceu, Alicia, de seu nome, carinhosa com todos, inclusivé com os animais, e que tinha protegido a Mimosa desde pequena, dando-lhe de comer e brincando com ela entre as oliveiras e azinheiras da quinta. Sempre viu na sua protegida algo especial que não via nos outros, era como se, no fundo, fosse igual a ela.
Nano decidiu contar a verdade à filha. “Olha Mimosa, nós somos a subsistência dos amos da quinta, eles cuidam de nós, alimentam-nos e deixam-nos viver felizes, mas em troca devemos oferecer-lhes alimentos, e aí reside o nosso problema: é que nós somos o seu alimento”.
”Como é que somos o seu alimento? Que queres dizer?” Preguntou Mimosa, mal-humorada.
”Todos temos o nosso destino nesta vida, e é impossível alterá-lo”, disse Negri.
”Eu posso alterá-lo,” respondeu a filha, já li contos nos quais aparecia um príncipe e com um beijo solucionava tudo!”
Passou o Inverno, com as suas neves brancas, e voltaram a brotar as flores…
Julho regressou, e com ele voltaram a nascer novos cordeirinhos, e talvez Mimosa tenha alterado o seu destino…
Num belo dia de Julho, em que as flores brotam com os seus delicados perfumes, nascia Mimosa, preciosa e graciosa como sua mãe, e forte e robusta como seu pai.
Era um ser encantador e simpático, gostava de brincar com todos os animais e saltitar no pasto debaixo das azinheiras, apanhando pauzinhos e bolotas.
Um dia, os seus pais falaram com ela sobre questões da vida, dando-lhe a entender que tinha tido sorte em ter nascido fêmea. “Sorte de nascer fêmea?” perguntou curiosa Mimosa, “Porquê?”
Vocês, respondeu o pai, têm a sorte de trazer ao mundo novos rebentos, e criá-los durante toda a sua infância até ocorrer um novo nascimento em que voltarão a criar outros recém nascidos, por isso vos espera uma vida tranquila e proveitosa.
”Toda a vida fazendo o mesmo?”, pensou Mimosa, não podes ser, eu quero ver mundo, visitar outras regiões, conhecer outros países e gentes de outras culturas e depois, ter uma família e trabalhar em algo que me satisfaça.
A sua mãe, Negrin não acreditava no que estava a ouvir... “mas Mimosa, meu
amor, isso não pode ser, nós não podemos viajar, nem estudar e não nos deixam trabalhar para não lastimar o nosso corpo que, afinal de contas é o que lhes importa!”
”Mas, a quem lhe importa?” perguntou.
Era um ser encantador e simpático, gostava de brincar com todos os animais e saltitar no pasto debaixo das azinheiras, apanhando pauzinhos e bolotas.
Um dia, os seus pais falaram com ela sobre questões da vida, dando-lhe a entender que tinha tido sorte em ter nascido fêmea. “Sorte de nascer fêmea?” perguntou curiosa Mimosa, “Porquê?”
Vocês, respondeu o pai, têm a sorte de trazer ao mundo novos rebentos, e criá-los durante toda a sua infância até ocorrer um novo nascimento em que voltarão a criar outros recém nascidos, por isso vos espera uma vida tranquila e proveitosa.
”Toda a vida fazendo o mesmo?”, pensou Mimosa, não podes ser, eu quero ver mundo, visitar outras regiões, conhecer outros países e gentes de outras culturas e depois, ter uma família e trabalhar em algo que me satisfaça.
A sua mãe, Negrin não acreditava no que estava a ouvir... “mas Mimosa, meu
amor, isso não pode ser, nós não podemos viajar, nem estudar e não nos deixam trabalhar para não lastimar o nosso corpo que, afinal de contas é o que lhes importa!”
”Mas, a quem lhe importa?” perguntou.

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