terça-feira, junho 27, 2006

Goodbye dear Michelle

My Teacher is gone...

Michelle of Mandarin Design passed away this weekend. For those of you who do not know Michelle, she was a generous and gracious person. And like others around the internet, I already feel the loss. I knew Meg only since a few months, but I’m blessed to new such a kind helpful person. Meg was always so kind and generous in sharing her tips on blogging and she made us to feel especial some times, when she eulogies ours trips, because she was a sweet teacher too. Rest in peace, dear Meg.

Our Friend Who's Gone Away We really didn't have her long - Our friend whose gone away. And if things could be different I confess I'd have her stay With us and bless us with her friendship and her smile, She grew so very dear to us in such a little while.
Now we all are lonesome - Each heart has an empty space- That wants to feel her hand again and see her smiling face - And hear her speak so gently, and just be with us each day. We miss her and we're grieving for - Our Friend whose gone away.



More about Meg here anda here.
Funeral notice

segunda-feira, junho 26, 2006

A Revolta das galinhas

..............Nos aviários está o nicho
de reprodução do vírus que aterroriza a Humanidade...

A galinha talvez seja a primeira ave a ter sido domesticada há cerca de 12 mil anos quando o ser humano começou a ficar sedentário. Desde então as galinhas têm um destino sinistro: raramente morrem de morte natural. São mortas para o consumo humano. Da sua perspectiva, a vida é simplesmente uma tragédia! Normalmente, são criadas ao ar livre, deambulando ao redor das casas. As chamadas “galinhas do campo” são preferidas por serem muito mais saudáveis. Mau grado seu, a sociedade da produção industrial transformou-as em máquinas para produzir carne e ovos. Fechadas, aos milhares, em aviários nos quais em cada metro quadrado são criadas de dez a doze, enganadas pela iluminação que lhes tira a percepção da noite, alimentadas por promotores de crescimento e de antibióticos para crescerem até um ponto comercialmente ideal, durante pelo menos quarenta dias, são submetidas a enorme padecimento. Quem visita um desses “currais aviários”, facilmente se indigna e se compadece com o seu “karma”. A espécie humana especializou-se em submeter impiedosamente todas as outras espécies, para tirar proveito delas mesmo que isso implique grande sofrimento. Agora, depois de séculos de violência, as galinhas estão-nos a dar o troco. É a vingança das galinhas... E vem sob a forma de gripe: a gripe aviária, que além de atingir outros seres vivos, atinge também os humanos. É o famoso vírus H5N1. Vírus aviários sempre existiram em formas não letais. Agora este H5N1 revela-se uma cepa patogénica. E se havia dúvidas quanto ao facto de poder sofrer mutações que o tornassem capaz de se transmitir aos seres humanos, parece que as galinhas alcançaram o seu propósito, porque se pode multiplicar loucamente entre a espécie humana e matar entre 150 milhões a um bilião de pessoas, consoante previsões científicas. Não existe um antídoto que o elimine, apenas possui efeito limitante. É o famoso Tamiflu que, segundo dados conhecidos de todos nós, não age profilaticamente, apenas 18 horas após a infecção. O que eu desconhecia, é que já hoje é sabido, que a origem da gripe não provém de galinhas criadas ao ar livre, mas das práticas avícolas industriais e pela utilização de "subprodutos" da criação avícola como ração industrial. E mais: a Fundação BirdLife demonstrou que o padrão de focos da gripe segue as rotas das estradas e das vias férreas e não as rotas dos voos de aves migratórias. A gripe é pois a consequência do manejo cruel que nós, seres humanos temos feito com as galinhas confinadas. Ai está o nicho de reprodução do vírus. É uma doença sistémica.
Traz-nos à nossa consciência um alerta, que tem de passar inevitavelmente por uma outra forma de relação com os seres vivos que não implique crueldade mas racionalidade e compaixão. Já imaginaram se todos os outros animais copiassem a atitude das galinhas e se revoltassem numa acção conjunta contra a Humanidade?

quinta-feira, junho 22, 2006

Justiça Cega

Vivemos rodeados de injustiças. Os mais fortes empurram e atropelam os mais fracos e privam-nos dos seus direitos. O pobre na terra é como o peixe miúdo no mar: acaba comido pelo de maior porte. É como diz um velho ditado árabe: "Uns pescam e os outros comem o peixe". Quanta injustiça emana desta trivial frase! Quando será que encontraremos a fórmula eficaz que permita àqueles que pescam, comer o seu próprio peixe?
A injustiça está em todo o lado. Existe injustiça no mais pequeno lar, nos campos, nas cidades, nas escolas, nos serviços, na igreja e até nos próprios tribunais. Por todas a parte predomina a lei do mais forte, como na selva. A justiça praticada no sistema é como a teia de aranha, em que só as moscas pequenas ficam prisioneiras. É terrível a sina de um povo cujo sistema judicial é imoral e corrompido, julgando com parcialidade. Por todo o lado encontramos, em lugar de justiça, astúcia e vivacidade, e em vez dos juízos imparciais, é posta em evidência uma vontade arbitrária. É lamentável! A Justiça tirou a “venda” imparcial que lhe tapava os olhos e colocou-a na sua própria ferida.
A injustiça nasceu por geração espontânea; a justiça essa, teve que ser criada. A injustiça, camuflada nos vários apelidos sociais, racismo, discriminação, abusos, exploração, é já uma característica da nossa cultura e da nossa sociedade. A justiça anda tão devagar que envelhece pelo caminho e quando chega, ninguém a conhece porque chega convertida em injustiça. A justiça não é outra coisa senão a conveniência do mais forte. Os nossos governantes deleitam-se estabelecendo umas e outras leis, no entanto, o prazer é maior quando as quebram, como as crianças que, brincando junto ao mar, constroem com grande entusiasmo castelos de areia, para logo de seguida os destruírem entre risadas.
Esta falta de justiça levou alguns a inventarem uma duplicidade de normas a seu belo prazer, mais ou menos qualquer coisa como privatizar os ganhos e socializar os prejuízos… como um estratagema: “Eu ganho e tu perdes. O meu dinheiro é meu e o teu é dos dois”. Nesta “lei”, ao rico que rouba chamam homem de negócios; ao pobre… ladrão. Quando um estranho quebra as regras da decência, é mal educado, quando sou “eu” quem viola essas normas, é porque sou muito original. Se o honesto é fiel aos princípios e à moral, é antiquado. Em contrapartida os “meus” vícios provam que sou bem moderna. Quando aquele outro defende com unhas e dentes o seu ponto de vista, é teimoso e obstinado. Quando sou “eu” que o faço, é porque sou de convicções fortes. Quando um outro se perfuma com exagero, empesta. Mas quando sou “eu” é diferente: emano uma essência oriental que tem algo de fragrância subtil e misteriosa. Tal qual como no cartaz pendurado na porta do armazém de sucata da minha terra: “Compram-se velharias e vendem-se antiguidades”. Pois é... e é assim que se vão safando!

segunda-feira, junho 12, 2006

Álvaro Cunhal

Memórias de uma vida...

A sua resistência ao regime de Salazar e de Caetano, sob o qual foi preso, torturado e perseguido, tornou-se mítica pela ousadia, pela constância e pela coragem. A 20 de Julho de 1937, com 23 anos, Álvaro Cunhal é preso pela primeira vez pela polícia política de Salazar. É então acusado de distribuir propaganda na rua. Encarcerado no Aljube, será transferido passados dois meses para Peniche.

O ruído e cadenciado abrir (umas atrás das outras) das fechaduras e ferrolhos das celas. O bater de tairocas dos faxinas circulando com os baldes dos despejos. O baque metálico dos baldes ao serem atirados para o chão de cimento. O fedor espalhando-se nas alas logo misturado e coberto pelo da creolina. Novos apitos, formatura, conto. A distribuição do café e do casqueiro. O deslocar em cortejo para as oficinas. De novo ferrolhos e fechaduras, agora com o novo bater das portas e o isolar dos reclusos nas celas. Depois o amortecer dos ruídos e o alastrar do vazio da imensidão das alas, cortado apenas pelo bater descontrolado das tairocas e tamancos dos faxinas e o barulho de marteladas, de serras e de máquinas vindo das oficinas. Ao meio dia o espalhar do cheiro enjoativo a mofo das couves da sopa e do peixe frito em óleo rançoso impregnado a humidade viscosa do ar, do solo, das paredes, de tudo. A meio do dia para o almoço nova reanimação e repetição de ruídos e movimentos. E de novo o recolher e de novo o relativo silêncio. E de novo o barulhento abrir das celas, nova formatura, desfile para o passeio. Nova formatura, novo recolher, até à tarde a nova repetição de movimentos, deslocações e ruídos, e dos cheiros para o jantar… E os ruídos que pouco a pouco se apagam. E o silêncio da noite que avança… Precisamente nesse dia lá fora na rua passou pelo passeio fronteiro uma mulher levando o filho pela mão. Era a primeira vez que ali passavam. O moço olhou curioso o majestoso edifício, os torreões de pedra branca, o elegante recorte das ameias. _ Mãe, o que é? _ Não sei, filho - respondeu a mulher – Deve ser o palácio de algum ricaço. _ Mãe, porque é que as janelas têm grades? _ Não sei, filho – responde a mulher – Talvez porque lá dentro há muita riqueza e têm medo que os ladrões assaltem o palácio para roubar. _Ah! – admirou-se o moço. Ia ainda perguntar alguma coisa mais, mas um eléctrico de passagem provocou tal ruído que o moço se conteve e já não fez a pergunta. Foi talvez melhor assim. Porque talvez a mãe não soubesse responder-lhe.

Invernia - Nesse dia, como em muitos outros dias, como por vezes semanas a fio, não houve passeio. A chuva fustigava as imensas fachadas desbotadas das seis alas dispostas em estrela. Debaixo de chuva envolto numa nuvem cinzenta, o imenso edifício parecia uma coisa morta. Parecia. Pois lá dentro arrastavam-se centenas de vidas. Lá dentro repetiam-se as obrigatórias operações do ritual de todos os dias. Apitos, barulho, ruídos, movimentos, cheiros, formas, contos. Uma diferença. Tirando os cerca de cem que trabalhavam nas oficinas e nos afazeres internos da cadeia, os outros quatrocentos ficavam todo o tempo fechados nas celas. Fechados. Sós.
As reacções eram naturalmente diversas. Alguns tinham como passatempos autorizados fazer nó a nó cintos ou bolsas de cordel. Outros passavam os dias em interminável passeio de um lado para o outro tal como bichos enjaulados. Outros recordavam os feitos que os trouxeram para ali. Outros faziam projectos para o futuro nem que esse futuro ficasse para lá de dez, quinze ou vinte anos de prisão que lhes faltava cumprir. Outros deixavam-se embalar pelas imaginações eróticas. Outros ditavam-se e dormiam ou faziam por dormir. Outros como que hibernavam, incapazes de pensar fosse o que fosse. E outros ainda, perdida a noção do tempo que parecia interminável, estavam atentos a todos os ruídos, sempre à espera do momento em que, para receberem o rancho ou para o conto, lhes abrissem a porta quebrando o isolamento e a solidão. Então espreitavam cá para fora, para a imensidão da ala tão solene como uma nave de catedral e sentiam assim um ilusório bafo de espaço, amplitude, atmosfera e liberdade.

Um dia mais, um dia menos - Nesse dia, como todos os dias, semana após semana, mês após mês, ano após ano, a vida decorreu no ritual de sempre. O silêncio da noite cortado pelos apitos da alvorada e o súbito expandir do barulho da movimentação da cadeia

quarta-feira, junho 07, 2006

Um conto


Um belo dia de Julho

Mimosa com curiosidade.
Nano e Negri não sabiam que responder. Dizer a verdade podia significar um desgosto, mas ao mesmo tempo, ela tinha que saber que não era igual, que a menina com quem brincava desde que nasceu, Alicia, de seu nome, carinhosa com todos, inclusivé com os animais, e que tinha protegido a Mimosa desde pequena, dando-lhe de comer e brincando com ela entre as oliveiras e azinheiras da quinta. Sempre viu na sua protegida algo especial que não via nos outros, era como se, no fundo, fosse igual a ela.
Nano decidiu contar a verdade à filha. “Olha Mimosa, nós somos a subsistência dos amos da quinta, eles cuidam de nós, alimentam-nos e deixam-nos viver felizes, mas em troca devemos oferecer-lhes alimentos, e aí reside o nosso problema: é que nós somos o seu alimento”.
”Como é que somos o seu alimento? Que queres dizer?” Preguntou Mimosa, mal-humorada.
”Todos temos o nosso destino nesta vida, e é impossível alterá-lo”, disse Negri.
”Eu posso alterá-lo,” respondeu a filha, já li contos nos quais aparecia um príncipe e com um beijo solucionava tudo!”
Passou o Inverno, com as suas neves brancas, e voltaram a brotar as flores…
Julho regressou, e com ele voltaram a nascer novos cordeirinhos, e talvez Mimosa tenha alterado o seu destino…

Num belo dia de Julho, em que as flores brotam com os seus delicados perfumes, nascia Mimosa, preciosa e graciosa como sua mãe, e forte e robusta como seu pai.
Era um ser encantador e simpático, gostava de brincar com todos os animais e saltitar no pasto debaixo das azinheiras, apanhando pauzinhos e bolotas.
Um dia, os seus pais falaram com ela sobre questões da vida, dando-lhe a entender que tinha tido sorte em ter nascido fêmea. “Sorte de nascer fêmea?” perguntou curiosa Mimosa, “Porquê?”
Vocês, respondeu o pai, têm a sorte de trazer ao mundo novos rebentos, e criá-los durante toda a sua infância até ocorrer um novo nascimento em que voltarão a criar outros recém nascidos, por isso vos espera uma vida tranquila e proveitosa.
”Toda a vida fazendo o mesmo?”, pensou Mimosa, não podes ser, eu quero ver mundo, visitar outras regiões, conhecer outros países e gentes de outras culturas e depois, ter uma família e trabalhar em algo que me satisfaça.
A sua mãe, Negrin não acreditava no que estava a ouvir... “mas Mimosa, meu
amor, isso não pode ser, nós não podemos viajar, nem estudar e não nos deixam trabalhar para não lastimar o nosso corpo que, afinal de contas é o que lhes importa!”
”Mas, a quem lhe importa?” perguntou.

domingo, junho 04, 2006

Opinião

O sucesso e o insucesso...

Está-se tornando um "slogan" ou mais do que isso, uma ideologia - a ideologia do sucesso!
Este sucessotem a ver, principalmente, com a competição, com a vitória sobre os outros, com a aproximação aos que mandam - ao poder -, aos que têm.
Não é a competência nem a isenção, nem o rigor que contam. Muito menos a solidariedade. De modo que só uns poucos podem ter sucesso e muitos não podem ter nenhum.
A pobreza atinge em Portugal uma grande parte do nosso povo. Estima-se que, mais de um milhão e quinhentas mil famílias se situam nessa área. Os mais recentes dados do Eurostat confirmam que, no conjunto dos 25 países da União Europeia, o nosso país ocupa o 22º lugar quanto à taxa de pobreza, tendo como referência o ano de 2003. Isto corresponde a mais de metade da população portuguesa. Estes são os pobres. Depois destes ainda há milhões de pessoas que podem ser remediadas. De modo que os do sucesso são em número muito reduzido.
Numa obra publicada há alguns anos pela UNICEF, intitulada "Pobreza Infantil em Portugal" a Drº Manuela Silva dizia, naturalmente que "as relações entre as condições económicas e o bem estar da criança não merecem a suficiente atenção dos economistas e dos políticos". Na realidade, a pobreza e os factores de empobrecimento têm íntima e directamente a ver com as políticas económica e social adoptadas pelos governos. Tudo isto é certo. E isto significa que o sucesso de alguns não é só o resultado da política levada a cabo pelo governo, ele assenta na pobreza da grande massa dos portugueses, na sua exploração, na sua marginalização, no seu completo insucesso.

quinta-feira, junho 01, 2006

Opinião


...o governo e o PS prosseguem para a Administração Pública a sua política prepotente, arrogante e anti- democrárica, denegando a responsabilidade do Estado...

O governo, o PS e os partidos de direita, prosseguem para a Administraçao Pública a sua política prepotente, arrogante e antidemocrática, denegando a responsabilidade do Estado. Se é certo podermos afirmar que uma política referente à Administração Pública conterá em si o reflexo da concepção que se tiver da política global e das suas directrizes, não menos certo será o podermos deduzir daquilo que se pretende impor à Administração Pública, quais são os objectivos finais de uma política global. Isto tem cabimento para as forças políticas, individualmente consideradas, e tê-lo-á, por maioria de razão, para um governo, pois é ele quem as aplica ou pretende aplicar.
Assim, o insistente e continuado ataque que o governo PS/Sócrates tem vindo a desenvolver contra os trabalhadores da Administração Pública, (A.P.) alvos directos de tão repudiável e repudiada ofensiva, visa mais além, visa “reestruturar” a A.P. na via antidemocrática, centralizadora e privatizadora que caracteriza a sua política geral, contrária aos interesses e direitos dos cidadãos, desrespeitadora e subversedora das normas e imposições constitucionais. Pretende o governo legitimar a sua política neste domínio, tentando fazer crer que o peso obsoleto da A.P. se deve ao número exagerado, excedentário de trabalhadores no sector. Mas o governo esconde aos portugueses que esses trabalhadores apenas representam, ”num conjunto de 19 países, o terceiro nível mais baixo de emprego público no total do emprego, com 17,9%, apenas acima da Espanha (17,2%) e do Luxemburgo, com uma percentagem de 16%. A Suécia bate o recorde com 33% e mesmo a Irlanda apresenta valores acima dos 20%. Já o peso das despesas com pessoal em percentagem do PIB é de 14,7%, a maior da zona Euro, onde a média anda pelos 10,3%." O governo escamoteia que o alegado peso da A.P. resulta, de modo determinante, da não satisfação, por parte do Estado, das necessidades mínimas a que este está obrigado perante os cidadão; desta realidade os portugueses vêm sentindo as consequências, dia a dia mais graves, no plano da Saúde, do Ensino, da Segurança Social. Remetendo-se, cada vez mais amplamente, à privatização de serviços ou sectores da A.P., o governo pretende isentar o Estado das suas responsabilidades sociais, e para isso procura a aceitação pública através da degradação dos serviços e do fomento de uma sua imagem negativa. Impondo aos trabalhadores da A.P. aumentos salariais irrisórios, a criação de condições favoráveis à política privatizadora. Procura, afanosamente já sem rebuço, implantar uma A.P. que lhe sirva de alavanca para o prosseguimento da sua política de restauro do capitalismo monopolista.
Em contrapartida, as posições dos partidos de esquerda, nomeadamente do PCP, são ignoradas deliberadamente, porque defendem uma A.P. que assegure o cumprimento legal das atribuições do Estado, no plano social, educacional e cultural, com total respeito pelos direitos dos trabalhadores. Entende que “a A.P. deverá ser orientada para o desenvolvimento, descentralizadora, desconcentrada, moderna, eficiente, aberta, próxima das populações e servindo os seus interesses, actuando com honestidade, isenção, justiça e imparcialidade, respeitando e fazendo respeitar a legalidade democrática… deverá garantir o respeito pelos direitos, motivação e estímulo à participação dos trabalhadores da função pública, utilizando critérios de mérito e competência no acesso a cargos da Administração, nas promoções e nomeações para cargos de chefia e a todos os níveis, rejeitando o compadrio e a partidarização.” Por isso, a luta contra a política de perseguição do governo aos trabalhadores da A.P. tem de prosseguir e engrossar a movimentação social, com todos os sectores da Administração, desde o médico, o professor, o arquitecto ou engenheiro, até ao administrativo, pedreiro ou auxiliar de limpeza. Aos trabalhadores da A.P. deve ser devolvida a dignidade que este governo antidemocrático lhes retirou!


Magnolia