segunda-feira, abril 23, 2007

25 de Abril

A Revolução Inacabada

A

revolução de Abril constitui um dos mais importantes acontecimentos nos oito séculos da história de Portugal, uma realização da vontade do povo, uma afirmação de liberdade, de emancipação social e de independência nacional.
Iniciada com o heróico levantamento popular, pôs fim a quase meio século de ditadura fascista, pôs fim à guerra colonial reconhecendo aos povos das então colónias portuguesas o direito à completa e imediata independência, alterou significativamente o enquadramento de Portugal no conceito internacional e realizou profundas transformações políticas, económicas e sociais que abriram na vida do país um novo período da sua história marcado pela liberdade e pelo progresso social.
Revoluções tão profundas não se resumem a um acto revolucionário: constituem um processo que pode ser mais ou menos demorado e acidentado. A revolução de Abril é uma revolução inacabada.

As conquistas de Abril


A revolução de Abril correspondeu, não apenas a condições objectivas da sociedade portuguesa e às necessidades do desenvolvimento económico, do progresso social e do melhoramento das condições de vida da população, mas também à vontade do povo.
A revolução de Abril transformou profundamente a realidade nacional e o posicionamento de Portugal no mundo:
- Instaurou liberdades democráticas fundamentais e direitos básicos dos trabalhadores e dos cidadãos: a liberdade sindical, de reunião, de associação, de expressão, de imprensa, direito à greve;
- Institucionalizou a igualdade de direitos do homem da mulher e os direitos dos jovens;
- Pôs fim à guerra colonial e deu uma directa contribuição para a independência de povos secularmente submetidos ao colonialismo português;
- Institui uma democracia política entre cujos elementos básicos se contam os princípios da igualdade de direitos e da proporcionalidade no sistema eleitoral, o Poder Local democrático e a autonomia regional nas ilhas da Madeira e Açores;
- Liquidou o capitalismo monopolista do Estado e os grupos monopolistas e o seu domínio sobre a economia e a vida nacional, criando com as nacionalizações um sector básico da economia portuguesa em condições de dinamizar o desenvolvimento económico e garantir o interesse público;
- Promoveu o melhoramento das condições de vida do povo: salário Mínimo Nacional, melhoria geral dos salários, subsídio de férias e de natal, redução do horário de trabalho, subsídio de desemprego, pensões e reformas generalizadas a todos;
-Impulsionou importantes transformações e mudanças nas esferas dos ideais, valores, atitudes e comportamentos cívicos, sociais, culturais e políticos;
-Promoveu o direito à saúde, ao ensino e à educação, à segurança social.

(continua)

3 comentários:

Anónimo disse...

Abril será sempre Abril!

João Filipe Rodrigues disse...

Que viva Abril! Abril da liberdade, Abril da justiça, Abril da igualdade, Abril da fraternidade!

Anónimo disse...

No momento estamos reféns de quem outrora nos libertou, que o diga o Sr. Mário Soares, dito pai da democracia que foi a bóia socialista nas últimas presidenciais. Tenho 33 anos e o que vejo, é um pai baboso dum país onde ele aufere 450.000 contos anuais líquidos e que os vai lavando nas suas duas ricas fundações. Apertar o cinto é só para o povo e infelizmente para as pequenas empresas que são controladas e sugadas até ao tutano.
A manta de facto está curta e o mais fácil é cortar a quem não tem muita voz, porque para a administração pública os tais 700.000 ainda tudo é possível, até porque multiplicando por dois se ganham eleições...mal de quem está fora dessa esfera. De facto os 97% das pequenas e médias empresas é que estão a pagar esta factura dum estado dos mais borucráticos do mundo, foi isso que se conseguiu nestes 33 anos de democracia. Como é possível falar de produtividade quando o aparelho de estado totalitariza todos os sectores da vida pública. São monopólios onde sempre os mesmos se movimentam e onde a liberdade não penetra...Falar do grande capital é falar de somente 3% da actividade económica do país o que não deixa de ser ridículo...
A grande verdade é que ainda vivemos num país verdadeiramente preconceituoso, cheio de medo e ignorante, grosso modo.
Na verdade nem fazem...nem deixam fazer!!!