A exclusão existe. Mas ninguém é um excluído por aquilo que é, mas sim pelo tratamento que recebe dos outros que o rodeiam. Talvez que o excluído não exista, e só existamos nós, os excludentes.A · ··^v´¯`×)(×´¯`v^· ···×)(× ··^v´¯`×)(×´¯`v^· ··
exclusão social pressupõe negar à pessoa o direito de ser pessoa. O homem é um ser social, mas ao excluído arrebata-se tudo aquilo que lhe permite sentir-se humano. O excluído é todo aquele a quem a sociedade vira as costas. Os políticos não se lembram deles e nos meios de comunicação aparecem apenas nestas ocasiões O excluído social não desfruta dos direitos mais básicos, porque a sociedade não lhos reconhece e ele não pode reclamá-los.
A imagem da exclusão social mais evidente talvez seja a das pessoas que vivem na rua. Na “desenvolvida” União Europeia, calcula-se que cerca de 5 milhões de pessoas não têm lar e que mais de 15 milhões vivem em barracas. Ao mesmo tempo, os imigrantes sem papéis, os habitantes dos bairros marginais e os toxicodependentes sem tratamento, formam um grupo de excluídos cada vez maior. A verdade é que podemos afirmar que, se a sociedade não favorece os débeis, então ela os exclui. E começa a fazê-lo bem cedo.
A falta de interesse pela educação, que recebem as crianças dos bairros marginais, assegura-lhes à partida, “uma taxa de exclusão” para o futuro. A igualdade de oportunidades apregoada por aí, não passa de uma frase feita, porque os meios públicos não são colocados de igual forma ao alcance de todos.
Fenómenos como o desemprego, a precariedade no trabalho ou a redução do Estado de Bem Estar, fazem aumentar a percentagem de excluídos. As novas estruturas sociais criam grupos de exclusão que antes eram impensáveis. O “avô” que até há pouco tempo era uma figura fundamental em qualquer família, enfrenta com uma das exclusões mais subtis: a solidão. Num país tradicionalmente familiar como Portugal, mais de um milhão de idosos vivem sós, e uma grande percentagem reconhece que o seu principal problema é a falta de companhia.
Os grupos de exclusão mudam com o tempo. Ao longo da história, foram vários os excluídos sociais: os judeus, os canhotos, os doentes mentais, os ciganos, os actores, os portadores do vírus da SIDA. A homossexualidade e o consumo de drogas foram rechaçadas ou dignificadas, consoante as diferentes culturas. São vários os grupos de exclusão que criamos ao nosso redor. Hoje em dia a principal causa de exclusão mundial é, simplesmente, a pobreza.
O excluído não é aquele que perdeu o emprego, mas sim aquele que não tem a mínima esperança de recuperá-lo. O problema dos excluídos não é que tenham problemas, é antes não ter a quem contá-los e a quem pedir ajuda. Excluído é o imigrante que chega sem uma garantia de futuro, a prostituta sem alternativa, o toxicodependente, a mulher maltratada, o sem abrigo. O idoso que não entende uma receita médica e não tem quem lha explique; o doente sem visitas há meses; o homossexual que tem de calar o que sente e o deficiente motor defronte de uma escada.
A verdade é que os excluídos não escolhem sê-lo. Somos nós que, entre todos, lhes escrevemos o rótulo.
Ninguém é um excluído por aquilo que é, mas sim pelo tratamento que recebe dos outros que o rodeiam. Talvez que o excluído não exista, e só existamos nós, os excludentes.
A imagem da exclusão social mais evidente talvez seja a das pessoas que vivem na rua. Na “desenvolvida” União Europeia, calcula-se que cerca de 5 milhões de pessoas não têm lar e que mais de 15 milhões vivem em barracas. Ao mesmo tempo, os imigrantes sem papéis, os habitantes dos bairros marginais e os toxicodependentes sem tratamento, formam um grupo de excluídos cada vez maior. A verdade é que podemos afirmar que, se a sociedade não favorece os débeis, então ela os exclui. E começa a fazê-lo bem cedo.

Fenómenos como o desemprego, a precariedade no trabalho ou a redução do Estado de Bem Estar, fazem aumentar a percentagem de excluídos. As novas estruturas sociais criam grupos de exclusão que antes eram impensáveis. O “avô” que até há pouco tempo era uma figura fundamental em qualquer família, enfrenta com uma das exclusões mais subtis: a solidão. Num país tradicionalmente familiar como Portugal, mais de um milhão de idosos vivem sós, e uma grande percentagem reconhece que o seu principal problema é a falta de companhia.
Os grupos de exclusão mudam com o tempo. Ao longo da história, foram vários os excluídos sociais: os judeus, os canhotos, os doentes mentais, os ciganos, os actores, os portadores do vírus da SIDA. A homossexualidade e o consumo de drogas foram rechaçadas ou dignificadas, consoante as diferentes culturas. São vários os grupos de exclusão que criamos ao nosso redor. Hoje em dia a principal causa de exclusão mundial é, simplesmente, a pobreza.
O excluído não é aquele que perdeu o emprego, mas sim aquele que não tem a mínima esperança de recuperá-lo. O problema dos excluídos não é que tenham problemas, é antes não ter a quem contá-los e a quem pedir ajuda. Excluído é o imigrante que chega sem uma garantia de futuro, a prostituta sem alternativa, o toxicodependente, a mulher maltratada, o sem abrigo. O idoso que não entende uma receita médica e não tem quem lha explique; o doente sem visitas há meses; o homossexual que tem de calar o que sente e o deficiente motor defronte de uma escada.
A verdade é que os excluídos não escolhem sê-lo. Somos nós que, entre todos, lhes escrevemos o rótulo.
Ninguém é um excluído por aquilo que é, mas sim pelo tratamento que recebe dos outros que o rodeiam. Talvez que o excluído não exista, e só existamos nós, os excludentes.
8 comentários:
Infelizmente uma realidade cada vez maior, graças a este sistema neo-liberal em que vivemos. Igualdade de oportunidades é hoje ainda uma utopia, uma luta constante.
Um dia lá chegaremos...
Magnifico artigo.
Kiss
O certo é que hoje, nem todos temos as mesmas oportunidades... contudo, um excludente hoje, poderá ser um excluído amanhã!!
Excelente.
É um tema preocupante dos nossos dias, desta sociedade apostada num desenvolvimento retrógado, negativista, desigual e acima de tudo desumano. Quem pode ser feliz nesta terra onde todos os dias roubam-nos um pedaço da alegria de viver?
Um Abraço
Obrigada pela visita e pelos vossos comentários. Em especial ao MGomes que há muito não comentava por aqui. As vossas palavras são sempre um alento.
Concordo inteiramente com os comentários do ludovicus rex e do mgomes, a quem abraço. Aproveito para sugerir a ambos a leitura do
blog do meu filho Vasco.
À magnolia os meus parabéns pelo post, com um Abraço e Beijinhos.
De acordo.Vale a pena acreditar nos sonhos acordados
Viva Magnólia,
Tema sensível escolheste para partilha e debate. Infelizmente, os "invisíveis" são visíveis que alguns não querem ver mas, com gente interventiva chegaremos lá...
Igualdade de oportunidades não é ilusão nem utopia, é um direito consagrado a todo o cidadão.
Lutemos sem esmorecer.
Parabéns pelo post.
Beijo de Bom Fim de Semana
Olá :-)
Aprende.se mais a ler o Correio da Manhã, diário para as classes menos endinheiradas, do que na chamada «imprensa de referência», cheia de «fazedores de opinião».
Vi a tua visita, estavas na minha lista de blogs que valem a pena (alguns outros, poucos, estão lá para saber o que pensa ou diz o «outro lado») e deste modo retribuo a tua visita ao teu muito pessoalísssimo blog, mas nem por isso menos interessante. CARAS era a revista dominical do Correio da Manhã. Como o Berardo está na berra veneradora e obrigada, mesmo que «dirigente», fui repescar o artigo que comentaste, que com outro sublinhado é o retrato da gente «bem» desta parvónia dirigida por medíocres, sejam a maioria dos políticos, seja a esmagadora maioria dos «empresários, analfabrutos, qualquer que seja a «dimensão» da respectiva bolsa.
Um abraço e bom trabalho
Victor Nogueira
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