........Big Brother é o olho dos EUA no regime totalitário previsto na ficção do livro "1984" de Orwell........

Segundo a agência noticiosa AFP, que cita fontes do Departamento Americano de Segurança Nacional (US Department of Homeland Security), entrou esta segunda-feira em funcionamento nos EUA um verdadeiro sistema planetário de Big Brother. Não em uma qualquer cadeia televisiva, com prémios e final feliz, mas na vida real e de consequências imprevisíveis: toda a pessoa que entre ou saia dos Estados Unidos é considerada uma potencial ameaça terrorista, pelo que os seus dados são recolhidos e guardados numa base de dados por um período de 40 anos. Como é timbre da democracia norte-americana, os interessados não só não são informados como nem sequer têm possibilidade de aceder algum dia à informação recolhida.
Em nome da segurança, que já permite à administração Bush mandar violar a correspondência, revistar habitações ou elaborar listas dos livros requisitados em bibliotecas – só para citar alguns exemplos – sem que os visados tenham conhecimento disso, o país da liberdade e dos direitos humanos arroga-se o direito de fichar para a vida todo e qualquer cidadão que atravesse as suas fronteiras, fazendo tábua rasa de direitos cívicos elementares, de todas as convenções, do direito internacional.
O novo Big Brother, de acordo com Jarrod Agen, porta-voz da Homeland Security citado pela AFP, está a cargo de um sistema computorizado designado Automated Targeting System, que para além dos elementos de identificação de cada indivíduo registará toda uma panóplia de dados recolhidos por diversas fontes, como o serviço de registo de passageiros, o Tesouro americano ou o Departamento do Comércio, bem como números de cartões crédito e até o que cada passageiro comeu durante os voos, o jornal que leu ou o perfume que comprou.
Os registos, segundo a mesma fonte, serão partilhados «de forma rotineira» com «autoridades federais, estatais, locais, tribais ou governos estrangeiros» sempre que seja considerado necessário e conveniente.
Múltiplas são igualmente as pessoas que numa base «rotineira» podem aceder à informação: magistrados ou tribunais administrativos; terceiros que participem numa investigação; agentes, organizações ou indivíduos que levem a cabo operações; um departamento do Congresso; e empregadores, especialistas, consultores, estudantes e outros. Numa palavra, a quem a vida de cada um possa interessar, excepto ao próprio interessado.
Orwell não teve imaginação para tanto. O drama é que a sociedade concentracionária para que alertou o mundo está a ser construída… nos EUA.
Em nome da segurança, que já permite à administração Bush mandar violar a correspondência, revistar habitações ou elaborar listas dos livros requisitados em bibliotecas – só para citar alguns exemplos – sem que os visados tenham conhecimento disso, o país da liberdade e dos direitos humanos arroga-se o direito de fichar para a vida todo e qualquer cidadão que atravesse as suas fronteiras, fazendo tábua rasa de direitos cívicos elementares, de todas as convenções, do direito internacional.
O novo Big Brother, de acordo com Jarrod Agen, porta-voz da Homeland Security citado pela AFP, está a cargo de um sistema computorizado designado Automated Targeting System, que para além dos elementos de identificação de cada indivíduo registará toda uma panóplia de dados recolhidos por diversas fontes, como o serviço de registo de passageiros, o Tesouro americano ou o Departamento do Comércio, bem como números de cartões crédito e até o que cada passageiro comeu durante os voos, o jornal que leu ou o perfume que comprou.
Os registos, segundo a mesma fonte, serão partilhados «de forma rotineira» com «autoridades federais, estatais, locais, tribais ou governos estrangeiros» sempre que seja considerado necessário e conveniente.
Múltiplas são igualmente as pessoas que numa base «rotineira» podem aceder à informação: magistrados ou tribunais administrativos; terceiros que participem numa investigação; agentes, organizações ou indivíduos que levem a cabo operações; um departamento do Congresso; e empregadores, especialistas, consultores, estudantes e outros. Numa palavra, a quem a vida de cada um possa interessar, excepto ao próprio interessado.
Orwell não teve imaginação para tanto. O drama é que a sociedade concentracionária para que alertou o mundo está a ser construída… nos EUA.
Anabela Fino in Avante
Os links e sublinhados são minha responsabilidade
4 comentários:
E não será somente nos USA. Seguir-se-á a UE e por aí fora. O nosso estimado governo, ao avançar com o cartão - ou lá que raio é - deu um primeiro passo para o controle dos nacionais.
E como vamos permitindo...
Cpts
Isto ficha-se, perdão, passa-se na chamada "maior democracia do mundo"!!! Os admiradores dos States são os que acusavam a ex-URSS da maior ditadura do mundo!!! Em que ficamos, então?...
Por mim, se a URSS "ressuscitasse", até era capaz de convencer a minha mulher a irmos a Moscovo festejar! :)
E aos States?... nem pensar, são muitas as fichas que é preciso levar :(
Essa canalha bushista e seus compadres um vão ter que prestar contas. Cada dia pior e pior... temos que lhes fazer frebnte com todas as armas que possamos.
USA NO GRACIAS!
1984 é uma obra prima de Orwell, que devemos encara-la como ficção e não como um profecia. Mas sem dúvida que Orwell descreveu o mundo de uma maneira muito inteligente e que grande desta obra podemos materializa-la para os tempos de agora…
Mas penso que ainda estamos longe de chegar ao mundo que Orwell descreveu.
Felizmente, Bush & CIA, ao contrário dos lileres da Oceânia, não têm um sistema repressivo que consiga rescrever o passado com quer… Falta um “Ministério da verdade” e assim não conseguem ter uma política infalível, imaculada, sem erro estratégicos. Realmente, ao longo dos tempos, têm cometido erro graves.
Na minha visão Bush & CIA têm os dias contados. A guerra do Iraque está-se a transformar num 2º Vietname, o povo está farto de ver os seus filhos serem mortos, sente-se enganado e os soldados americanos no teatro de guerra, muitos deles com cara de meninos, fartos de ser manipulados, não compreendem a razão desta guerra, estão desmotivados. Nas próximas eleições espero sinceramente que este governo caia… Mas um rumo do império prós-Bush é uma incógnita.
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