quinta-feira, agosto 09, 2007

Dizer mal de Hugo Chavez. É obrigatório!

Decálogo para falar mal de Hugo Chávez, por Emir Sader
Actualmente, é professor aposentado da Universidade de São Paulo e dirige o Laboratório de Políticas Públicas (LPP) da Universidade do estado do Rio de Janeiro, onde é professor de sociologia. É autor de

Quem é Emir Sader:

Emir Simão Sader nasceu em São Paulo, no ano de 1943. Formou-se em Filosofia na Universidade de São Paulo. Fez Mestrado em Filosofia Política e Doutorado em Ciência Política, ambos na Universidade de São Paulo. Na mesma universidade, trabalhou como professor, primeiro de filosofia, depois de ciência política. Foi, ainda, pesquisador do Centro de Estudos Sócio Económicos da Universidade do Chile, professor de Política na UNICAMP e coordenador do Curso de Especialização em Políticas Sociais na Faculdade de Serviço Social da UERJ. Actualmente dirige o Laboratório de Políticas Públicas na UERJ, (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) onde é professor de sociologia.



Lembrete fornecido aos jornalistas da mídia oligárquica

1. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele recupera o papel do Estado, desqualificado e enterrado por nós há tempos.

2. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele se diz anti-imperialista e esse é um tema proibido nos media há tempos.

3. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele funda um novo partido, quando martelamos todos os dias que todos os partidos são iguais, que são negativos, que sempre reflectem interesses de grupinhos.

4. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele recupera o papel da política, quando todo o trabalho quotidiano dos media é para dizer que a política é irrecuperável, que só a economia vale a pena.

5. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele vende petróleo subsidiado aos países que não podem pagar o preço do mercado - inclusive a pobres dos Estados Unidos -, o que evidentemente fere as leis do mercado, pelo qual tanto zelam os media.

6. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele é um mau exemplo para os militares, que só devem intervir na política quando seja necessário um golpe militar e nunca para defender os interesses de cada nação.

7. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele ataca a os media privados e fortalece os media públicos. Porque ele acabou com o analfabetismo na Venezuela, tema sobre o qual devemos calar. Porque ele vai diminuir a jornada de trabalho em 2010 para 6 horas e esse tema é odiado pelos patrões.

8. Devo falar mal de Hugo Chávez porque assim me identifico com os interesses do dono do meio em que trabalho, garanto o emprego, fortaleço os partidos e as empresas aliadas do patrão.

9. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele faz com que se volte a falar do socialismo, depois que nos deu muito trabalho tratar de enterrar esse sistema, inimigo do capitalismo, a que estamos profundamente integrados.

10. Devo falar mal de Hugo Chávez (e de Evo Morales e de Lula e de todos os não brancos), senão eles vão querer dirigir os países, os jornais, as televisões, as empresas, o mundo. Será o nosso fim.

Este post foi copiado ao amigo António Melenas do blog Enquanto e Não.

8 comentários:

António Melenas disse...

Muito bem. Como foi uma cópia sem erros, ficas aprovaada
Beijinhos

a.castro disse...

Magnolia, este teu post tem 10 pontos sobre o Hugo Chávez que são ironia. Mas, na verdade, compreendo o sentido! Hugo Chávez é uma "pedra no sapato" de Bush, porque "ousa" enfrentá-lo!
Beijinhos.

Anónimo disse...

Tbm ja postei no meu blog. está muito bom.

Mar Arável disse...

A VIDA É UMA ESCOLHA PERMANENTE


NÃO BASTA VER SÓ COM UM OLHO

MESMO QUE SEJA O MEU PREFERIDO

Leandro disse...

Muito apropriado!
Alguns desses aspectos costumo levar à sala de aula e discutir com meus alunos. E sempre observo que, após as discussões, parecem inquietos e com outro olhar (a maioria deles, pelo menos).

Anónimo disse...

Camarada,

O teu blogue está em destaque n'As Vinhas da Ira.

Um abraço fraternal,
João Aguiar

maceta disse...

do Hugo fica pelo menos a coragem ou o atrevimento do confronto...

Makejeite disse...

Copiar assim vale bem a pena.