quinta-feira, março 08, 2007

Uma lição de psicologia

O Poder da inteligência


A

s relações entre as pessoas são, por vezes, especialmente complexas. Estão carregadas de influências mútuas, umas são construtivas, mas outras podem chegar a ser profundamente devastadoras.
O Poder é a capacidade para influenciar os outros, para o bem e para o mal, admitindo portanto, poder ser uma bênção ou uma agressão. Existem diferentes formas de exercer o poder: Poder coercivo - o instrumento utilizado é o temor e tem como objectivo controlar os outros através da intimidação. Não é uma fórmula para influenciar mas sim para “obrigar”. Poder utilitário - trata-se de um intercâmbio e alguém que possui poder, está na disposição de proporcionar algo que outros necessitam, com a finalidade de obter alguma contrapartida.
Se determinadas pessoas usassem o poder com honestidade e inteligência, dariam um maior contributo à sociedade e justificariam a existência dos seus neurónios Mas existe um outro tipo de Poder. O Poder baseado em princípios, em que a pessoa que o representa é poderosa porque é credível, respeitada e honrada pelos outros. Estes, cumprem os seus desejos porque estão na mesma luta, têm os mesmos interesses e seguem, livremente e com agrado, a pessoa que consideram competente e digna de confiança.


“O Poder pode ser utilizado para a competência e cooperação, em vez de para o domínio e o controle.”
(Anne L. Barstow)


Cada um de nós, pode escolher ser poderoso ou impotente perante qualquer circunstância da vida. Sem importar o quanto nos sintamos frustrados, sem subestimar as dificuldades da vida, teremos sempre a oportunidade de empreender um objectivo, de pensar e acreditar que existe uma opção. No momento em que registarmos esta consideração na nossa mente, estamos sendo poderosos.
O poder baseado em princípios é sólido, baseia-se no respeito pelas pessoas, nas quais desejamos influir, e deve conduzir a uma interdependência. Ambas as partes tomam decisões e escolhem alternativas. Este tipo de poder alimenta uma conduta ética porque os implicados se sentem livres e expressam as suas razões e opiniões em função dos seus conhecimentos, necessidades e expectativas.
É evidente que o exercício do poder requer, para além do respeito pelos outros, capacidade de persuasão. Devemos ser persuasivos e determinantes, mas não ofensivos.
A amabilidade e o respeito pela vulnerabilidade alheia são condição essencial. Simplesmente, tratar os outros como gostaríamos de ser tratados. É importante ser-se coerente. Isto não significa que temos de portar-nos de modo semelhante com todas as pessoas, em qualquer momento ou lugar. Significa antes que devemos orientar-nos sempre pelos mesmos princípios básicos, de cada vez que actuamos.
Todos, definitivamente, desejamos o poder. Não se trata necessariamente de chegar a ser ministro ou presidente, ou responsável de uma multinacional, trata-se sim de influir nas pessoas que nos rodeiam, filhos, amigos, colegas, etc., com o propósito de obter o respeito, a colaboração, o entusiasmo e a conquista dos nossos objectivos.
Se trabalharmos todos estes princípios, de forma serena, honrada e consciencializada, estamos na direcção exacta para o conseguir.
É só uma questão de tempo.

3 comentários:

a.castro disse...

O post explica - muito bem e num sentido amplo - todos os "poderes". Resta-me referir que concordo com o "comentário" feito pela "menina" da imagem, dizendo que - e passo a citar - Se determinadas pessoas usassem o poder com honestidade e inteligência, dariam um maior contributo à sociedade e justificariam a existência dos seus neurónios - fim de citação.

Anónimo disse...

Boa aula, um artigo muito interessante como só a magnolia nos sabe brindar.

Anónimo disse...

Um artigo que nos faz reflectir...
Só mais uma citação: "Quer é poder"...