Em universos muito alargados há problemas de emprego, de baixos salários, de ataques aos direitos dos trabalhadores, de custos de habitação (arrendada ou adquirida), de degradação do ensino, de abandono escolar, de limitações de acesso ao ensino superior, de pagamento do ensino público, de falta de colocação adequada à formação adquirida, de insuficiente oferta e apoio a actividades lúdicas, associativas, desportivas e culturais, de toxicodependência. Estes, entre outros, são factores que alteram percursos e determinam a vida de muitos milhares de jovens. Isto é política e confirma que a política de juventude é transversal a várias políticas sectoriais. É chocante confrontarmo-nos com jovens que afirmam «não quero saber de política». Para além da afirmação constituir uma atitude política, pois é deixar a política para os outros, que a farão contra os interesses da juventude, ela resulta essencialmente de influências políticas e ideológicas, transmitidas através da escola, da comunicação social, da família e de sectores da sociedade. Esta atitude conduz ao conformismo, a análises limitadas sobre a vida e o mundo, sobre acontecimentos sociais e políticos, fomentam a ignorância e o obscurantismo. Este é o campo para o discurso dominante penetrar, para aprofundar o «pensamento único» que o sistema capitalista quer impor à humanidade. O capitalismo teme a influência comunista no seio das novas gerações e exerce formas de evitar e combater a adesão da juventude às ideias progressistas e ao ideal comunista.
…A juventude tem o direito de conhecer, de reflectir e de lutar pelo futuro com que sonha.
«As grandes transformações sociais deram-se porque houve quem acreditasse que lutando podia tornar possível o que outros diziam não o ser.»
(Álvaro Cunha)l
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