Se cá nevasse, Sócrates fazia cá sky
Na semana em que Zapatero, o primeiro-ministro socialista espanhol, mostrava vontade de acabar com a tradicional «siesta», o homólogo português José Sócrates era «apanhado», por causa de uma infeliz escorregadela na neve, numa das mais chiques estâncias suíças.Estas duas coisas, que aparentemente nada têm em comum, poderão ser significativas de dois estados de espírito antagónicos entre dois países.Enquanto em Espanha o Governo aproveita a folga em que a economia se encontra para fazer reformas, em Portugal o Governo aproveita a crise para, em nome dela, protelar o início de reformas dolorosas, como a questão dos efectivos na Função Pública. Prefere avançar com projectos megalómanos como os da Ota e do TGV. Em Espanha governa-se olhando para o fim da estrada, prevenindo eventuais acidentes de percurso; em Portugal tomam-se medidas sem grande ambição temporal, de resultados imediatos, sem consistência, como é o caso do aumento dos impostos, com a consequente quebra de competitividade.
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