A história passa-se numa cidade pequena do interior. Um casal entra apavorado na urgência do Hospital. Marquinhos, o filho, machucado chora assustado. São atendidos imediatamente. Agradecem a Deus pelo pouco movimento. A mãe nervosa acarinha o filho para confortá-lo. O pai, tentando controlar-se, explica: Mudaram-se recentemente e o filho, não acostumado com a casa, acabou caindo da escada.Radiografia tirada. Relaxam. Algumas escoriações. Apenas um susto.Quinze dias depois, o casal volta ao pronto-socorro. O rosto de Marquinhos sangra. A empregada, mesmo tendo recebido ordens para não encerar a escada, acabou por fazê-lo. Marquinhos de pijama e meia de lã escorrega pela escada.Desta vez foi um pouco pior. Ferimentos no rosto, nos braços e nas costas.Pai e mãe, agoniados, retornam ao hospital em menos de uma semana. Marquinhos e o primo brincam no topo da escada. Um movimento brusco. Marquinhos cai.A mãe chora. Precisa benzer a escada. O pai tentando aparentar tranquilidade. Está resolvido a mudar de casa. Marquinhos está desmaiado. No seu corpo as marcas do acidente. Passam a noite no Hospital.Os enfermeiros já se sentem afeiçoados àquele menino de 5 anos, de poucas falas e olhar assustado.Dez dias depois. O telefone da emergência toca. Do outro lado a mãe de Marquinhos chora. Ele descia as escadas com um vaso na mão. Caiu. Estava inerte no chão. Tinha medo de movimentá-lo e piorar o seu estado.A ambulância percorre sirenando as ruas da cidade. Chegam na casa. Os enfermeiros encontram Marquinhos desacordado no chão. Cacos de cerâmica espalhados em volta de sua cabeça.Atónitos, descobrem: Na casa não há escadas!
* Post recuperado.
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