Introduziram uma rã numa sertã com água muito quente. Naturalmente que a rã saltou logo borda fora.
Numa segunda operação tentaram colocar a rã em água temperada, Neste caso, embora não estivesse totalmente cómoda, nem sequer se moveu. Colocaram então o recipiente a aquecer lentamente no fogo, mas com um aumento constante da temperatura, ainda que suave. Pouco antes de alcançar a temperatura mortal para a rã, viu-se que ela tentou fazer um movimento, e logo de seguida flutuou inerte.
Ficou a dúvida se a rã morreu ainda antes de tentar saltar fora da sertã, ou se a permanência na água quente tinha anulado a sua capacidade de salto.
Os poderosos desta sociedade sabem muito bem que não poderiam governar a sociedade verdadeiramente como lhes gostaria e por isso, conduzem-nos gradualmente, sem pressa e sem parar, rumo aos seus objectivos.
Creio, contudo, que hoje em dia ainda conservamos essa capacidade de reacção quando nos agridem clara e fortemente.É por isso que aqueles que estão segurando no cabo da sertã, sabem que não podem subir a temperatura rapidamente. Vão-nos agredindo pouco a pouco:
- A precariedade agrava-se e gera insegurança e instabilidade;
- O desemprego é já o dobro de há 3 anos, aumentando a pobreza e a exclusão;
- A emigração é a saída para milhares de portugueses, principalmente jovens;
- O patronato bloqueia a contratação colectiva, recusa o aumento dos salários e ataca os direitos dos trabalhadores;
- Os salários valem menos, os preços sobem demais, os lucros dos grandes são imensos e as desigualdades aumentam escandalosamente;
- Na flexigurança, a prometida protecção social não protege, não compensa, nem é realizável em Portugal, ou seja, tudo é flexi e nada segurança;
- Diariamente o patronato e o governo-patrão desvalorizam o valor e a dignidade do trabalho;
- Enfraquece o SNS, fecham maternidades, hospitais, centros de saúde, os médicos saem do SNS, aumentam as taxas moderadoras, taxam-se os internamentos e cirurgias… tudo a favor das clínicas e hospitais privados;
- Escolas fecham-se, o Ensino Público degrada-se. É insuficiente o financiamento das Universidades;
- Degrada-se a justiça, são excessivas as custas judiciais, nega-se o apoio judiciário, fecham tribunais;
- Uma pior Segurança Social com redução das pensões no futuro e a diminuição das condições de atribuição do subsídio de desemprego;
- A imposição de baixos salários;
- A injusta distribuição da riqueza;
- A pobreza e a privação, mesmo de quem trabalha.
ESTAS SÃO MEDIDAS POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS, NÃO ACEITÁVEIS!!!
E então eu pergunto àqueles que acham que não vale a pena fazer greve: quando a temperatura da água for demasiado alta e insuportável, não será que pode ser já demasiado tarde para saltar??
Numa segunda operação tentaram colocar a rã em água temperada, Neste caso, embora não estivesse totalmente cómoda, nem sequer se moveu. Colocaram então o recipiente a aquecer lentamente no fogo, mas com um aumento constante da temperatura, ainda que suave. Pouco antes de alcançar a temperatura mortal para a rã, viu-se que ela tentou fazer um movimento, e logo de seguida flutuou inerte.

Ficou a dúvida se a rã morreu ainda antes de tentar saltar fora da sertã, ou se a permanência na água quente tinha anulado a sua capacidade de salto.
Os poderosos desta sociedade sabem muito bem que não poderiam governar a sociedade verdadeiramente como lhes gostaria e por isso, conduzem-nos gradualmente, sem pressa e sem parar, rumo aos seus objectivos.
Creio, contudo, que hoje em dia ainda conservamos essa capacidade de reacção quando nos agridem clara e fortemente.
MUDAR DE RUMO! Porque é preciso mostrar o cartão vermelho ao Governo! Porque chega de precariedade, de flexigurança, de desemprego, de desigualdades! Porque é justo o nosso protesto!
... e quando assim é, como será melhor? Todos juntos ou cada um por si?
- A precariedade agrava-se e gera insegurança e instabilidade;
- O desemprego é já o dobro de há 3 anos, aumentando a pobreza e a exclusão;
- A emigração é a saída para milhares de portugueses, principalmente jovens;
- O patronato bloqueia a contratação colectiva, recusa o aumento dos salários e ataca os direitos dos trabalhadores;
- Os salários valem menos, os preços sobem demais, os lucros dos grandes são imensos e as desigualdades aumentam escandalosamente;
- Na flexigurança, a prometida protecção social não protege, não compensa, nem é realizável em Portugal, ou seja, tudo é flexi e nada segurança;
- Diariamente o patronato e o governo-patrão desvalorizam o valor e a dignidade do trabalho;
- Enfraquece o SNS, fecham maternidades, hospitais, centros de saúde, os médicos saem do SNS, aumentam as taxas moderadoras, taxam-se os internamentos e cirurgias… tudo a favor das clínicas e hospitais privados;
- Escolas fecham-se, o Ensino Público degrada-se. É insuficiente o financiamento das Universidades;
- Degrada-se a justiça, são excessivas as custas judiciais, nega-se o apoio judiciário, fecham tribunais;
- Uma pior Segurança Social com redução das pensões no futuro e a diminuição das condições de atribuição do subsídio de desemprego;
- A imposição de baixos salários;
- A injusta distribuição da riqueza;
- A pobreza e a privação, mesmo de quem trabalha.
ESTAS SÃO MEDIDAS POLÍTICAS GOVERNAMENTAIS, NÃO ACEITÁVEIS!!!
E então eu pergunto àqueles que acham que não vale a pena fazer greve: quando a temperatura da água for demasiado alta e insuportável, não será que pode ser já demasiado tarde para saltar??
3 comentários:
GREVE GERAL - OBVIAMENTE
Eu voto na emigração. Là fora sempre me deram o valor que mereço. E ninguém me exige mais por cada vez menos. Aqui a liberdade que muitos se gabam por ter conquistado nunca existiu realmente.
Sim, permanecemos inertes e quietos pelos dias bons que desejamos que venham. Em conversa no meu trabalho, que é precário e temporário, a maior parte dos meus colegas acham que não vale a pena fazer greve, têm medo... eu estou de folga, mas iria com toda a certeza usufruir da greve se lá pudesse. Pertenço à geração do "já tenho tudo feito" e ninguém percebe que estamos a afundar-nos devagarinho, a voltar ao que tivemos de forma miserável e inglória, somos acima de tudo, nós, que estamos a permitir que nos afundem.
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