sábado, setembro 30, 2006

Some days...

... the world is upside down

... Who's to say I can't do everything?
Well I can try, and as I roll along I begin to find
Things aren't always just what they seem

I want to turn the whole thing upside down
I'll find the things they say just can't be found...

This world keeps spinning
And there's no time to waste
Well it all keeps spinning spinning
Round and round and upside down...


quinta-feira, setembro 28, 2006

O que não é notícia

Projecto Censurado 2007...

Os 25 temas "top" que foram ignorados censurados pela imprensa corporativa dos Estados Unidos.

Apenas o podemos encontrar traduzido em italiano e espanhol. Todavia, e enquanto a Internet não for "tomada de assalto" pelos poderosos do mundo, temos a possibilidade de ler em inglês os 25 temas "top" publicados este ano, no site do Projecto e aqui.
O Projecto Censura é completamente ignorado pelos media. Segundo Phillips, durante os 27 anos da sua existência jamais mereceu uma linha no The New York Times. As análises e investigações sobre a nova ideologia conservadora de dominação global que impera hoje na Casa Branca foram o tema mais importante e mais censurado no período agora estudado, segundo a avaliação dos pesquisadores. Os outros temas destacados pelo Projecto Censura foram os seguintes:
-Segurança nacional versus direitos humanos e civis nos EUA;
-EUA suprime ilegalmente páginas de informação sobre o Iraque;
-Os planos de Rumsfeld para provocar os terroristas;
-Esforços para fazer os sindicatos desaparecerem;
-Acesso cada vez mais restrito à tecnologia de informação;
-Os EUA violam numerosos tratados internacionais;
-Bush utilizou armas de destruição em massa contra seu próprio povo;
-No Afeganistão, os EUA iniciam financiamento de grupos paramilitares à "fundação da democracia";
-O novo colonialismo na África;
-Os EUA implicados no massacre de talibãs;
-Governo Bush esteve por detrás do fracassado golpe militar na Venezuela;
-Desafios da personalidade oculta das corporações;
-Os refugiados indesejados: um problema global;
-O Exército dos EUA está em guerra contra o planeta;
-O Plano Puebla-Panamá e a ALCA;
-O monopólio de emissoras de rádio do Clear Channel atrai críticas;
-A reforma florestal ameaça o acesso aos bosques públicos;
-Dólar versus euro, outra razão para a invasão do Iraque;
-Pentágono incrementa contratos militares com empresas privadas;
-Políticas de austeridade para o Terceiro Mundo;
-A reforma da assistência social não preservou rede de seguridade social;
-Ajuda dos EUA a Israel alimenta ocupação repressiva na Palestina;
-Corporações condenadas recebem favores ao invés de castigos.
A tradução para espanhol está também divulgada no site da Agenpress.
Outro link importante.

O "Project Censored" converteu-se numa importante voz e num desafio à censura de notícias ocultadas à opinião pública pelos grandes monopólios da informação nos Estados Unidos, Este ano são 25 as notícias do chamado "Project Censored 2007" censuradas pelo Governo dos Estados Unidos durante o ano 2006, as quais foram recuperadas num só volume, que promete ser um êxito de vendas por tudo o que nele se divulga, e que no momento devido, o poder evitou que se conhecesse. Entre estas notícias está o futuro da Internet, o grande debate ignorado pela imprensa americana, na qual se denuncia como as grandes corporações se estão a apropriar da rede, ameaçando com a criação de um serviço para ricos e outro para pobres. Os que puderem pagar mais terão melhor acesso à rede, e os que não puderem, serão discriminados e afastados, estando sujeitos, inclusive, à intervenção censurada nos conteúdos online.
A Internet corre o risco de deixar de ser o fórum democrático mais livre e mais compreensivo inventado pela humanidade, se as grandes corporações "telecom" tipo Comcast, Verizon e AT&T conseguirem colocar as garras na Web. Se estas companhias alcançarem o seu propósito, os abastecedores de banda larga ficarão contentes, e com os bolsos cheios, ao mesmo tempo que a nós apenas nos será permitido espreitar o ciberespaço.
O "Project Censored" surgiu em 1976, quando o professor académico Carl Jensen, da Universidade Sonoma State de California, decidiu começar a investigar com os seus alunos e alguns colegas, tudo o que em cada ano era intencionalmente oculto pela imprensa norte americana, apesar de se tratarem de factos importantes ocorridos nos EUA. "Explorando e publicando notícias de importância nacional sobre problemas que passaram ao lado ou que simplesmente foram sub-valorizados pelos meios de comunicação de alcance nacional, o "Project Censored" tem como objectivo estimular os jornalistas e editores, a proporcionarem uma maior cobertura a estes problemas.", diz Jensen. E acrescenta, que também tem esperança que as revelações censuradas pelos media, e agora divulgadas, animem o público em geral a procurar e a exigir mais informação sobre esses temas.
Nos arquivos do "Project Censored" encontra-se o lado oculto de três décadas de história política, económica e militar dos EUA, e muitos delas ainda são de uma actualidade incrível. Não sendo de esperar outra coisa, este livro, embora seja editado anualmente há 30 anos, ainda não tem tradução em português.

terça-feira, setembro 26, 2006

Dissertação

O conhecimento é uma arma?

O conhecimento é poder. Já no final do século XVI, Sir Francis Bacon, dizia isto mesmo. E sendo verdade, digo eu, o poder está cada vez mais concentrado. A evolução da sociedade depende da sua cultura e, boa parte dessa cultura, depende dos meios de comunicação. É por isso que os meios de comunicação devem mostrar a realidade de forma correcta, utilizando os factos e raciocinando a partir dos mesmos. Evidentemente, os raciocínios relativos à política e à actuação dos governos, são por natureza incompletos, o que pressupõe à partida, que a análise de determinadas questões, tem incorporada uma componente subjectiva, dependendo da pessoa que realiza essa análise. No entanto, quando se seleccionam os factos e se trabalham com a finalidade de obter uma conclusão, o resultado é sempre a manipulação.
Nas próprias Escrituras já vem estabelecido que “o conhecimento é uma espada e a sabedoria um escudo”. Hoje em dia o poder do conhecimento tornou-se uma questão pertinente. O desafio reside em levar a informação ao maior número de indivíduos. Mas a informação só se converte em conhecimento quando facilita a comunicação e a participação dos cidadãos, permitindo a estes e aos governantes, tomar decisões correctas, baseadas em informação não deturpada.
As novas tecnologias possibilitaram a mobilização da informação cada vez mais rápida e ficamos maravilhados com os milhões de unidades de informação que se movimentam pelo mundo inteiro em centésimas de segundo. Mas devemos questionarmo-nos a sério sobre a qualidade dessa informação. Estamos afinal de contas, comunicando? É pertinente? Fará do Mundo um lugar melhor? Toda esta informação equivale a conhecimento? É suposto o aumento da tecnologia de informação encurtar as distâncias, mas nem sempre será um factor de união entre as pessoas.
O conhecimento talvez seja uma espada, mas eu digo que é uma espada de dois gumes. Os mecanismos produtores do conhecimento estão concentrados num cada vez menor número de pessoas. Por todo o mundo, é notório que a propriedade dos meios de comunicação reflecte a tendência supranacional da propriedade das grandes multinacionais. A mensagem difundida espelha uma monocultura consumidora mundial que gera desequilibrios, perpetua a desigualdade económica e prejudica até o meio ambiente. E deixa cada vez mais, o pobre, o desfavorecido, fora do ciclo do conhecimento. Alguns perderam o pouco conhecimento que tinham, e foi substituído por outro que não é nem relevante nem útil. E assim continuarão, manipulados, subjugados e sem refilar. Até que um dia entendam que o conhecimento é a arma de um povo.

domingo, setembro 24, 2006

Pensamento

Qualquer um pode zangar-se, isto é fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na justa medida, no momento certo, pela razão certa e certa maneira, isso é mais difícil.

Aristóteles - Ética a Nicómaco

quinta-feira, setembro 21, 2006

O paradigma...

Apolítica é para os políticos!!

Sempre que oiço esta frase, o que acontece mais vezes do que gostaria, e vejo a indiferença, o desprezo, ou pior ainda, a irresponsabilidade com que é pronunciada… um turbilhão de pensamentos e uma revolta interna, apoderam-se de mim. Para mim, isto é a coisa mais idiota que um ser humano pode pronunciar, pois que, desde esse momento, o próprio se está a considerar como escravo ou súbdito do aparelho que o vai governar... ou melhor dizendo, o vai manipular a seu belo prazer e impunemente. É precisamente por muita gente pensar de forma semelhante, que aconteceu, acontece e acontecerá sempre o mesmo, uma vez que o político, o que governa, tem uma tendência nata ao absolutismo e daí à ditadura ou tirania, são favas contadas!
Sabemos com toda a certeza, porque a história passada e presente assim o confirma, que "o político" tem de ser controlado, supervisionado de forma eficaz e pacífica, coisa que não seria necessária, se todos trabalhassem de forma inteligente e solidária… porque devemos ter em conta que "o político", controla efectivamente todo o poder e, se não houver nenhum controle, ultrapassará levianamente esse poder sem medo de responsabilidades. Controla o tesouro público (impostos e reservas) e com um tão grande poder nas mãos "comprará tudo o que for comprável", para eternizar-se no próprio poderio e preocupar-se apenas com "aqueles que o sustentam ou com os que lhe podem fazer sombra".

E o povo?... Esse, como sempre, a trabalhar, a pagar sem refilar e a ser entretido com os entretenimentos com que se "drogam" as massas, para que não pensem... Precisamente por tudo isto, nenhum governante (salvo raras excepções) tem interesse em que seja imposta uma verdadeira educação política e social integral, que ensine ao homem a ser homem e à mulher a sê-lo igualmente… alcançado este patamar, "tudo o resto viria por acréscimo" (como dizia Pitágoras). Formados assim, os indivíduos, seguramente que para além de mais solidários e mais humanos, seriam mais conhecedores da sua realidade e portanto, seres responsáveis em alto grau… Acontece que isto, é o que não quer o demagogo, que aspira a governar e que regra geral, são a imensa maioria que se dedica à política (basta ver a trajectória da maioria deles), uma vez que o fazem para, no mínimo, medrar e viver bem do trabalho dos restantes e como máximo, para enriquecerem num grau superlativo e vangloriarem-se disso, tal como o faziam os imperadores ou imperantes, aqueles, dos quais a história nos conta horrendas atrocidades… e cuja lição aos povos de nada serviu.
Quando será que o povo entenderá que não pode “deixar andar”, que tem de dizer basta e que é urgente entender que a política é para todos e não só para os políticos?
A demagogia moderna - não lhe chamo política… (porque a política é a arte de governar bem os povos em paz e em harmonia uns com os outros) conseguiu instaurar uma “liberdade” disfarçada, porque para exercer a verdadeira Liberdade e fazer uso dela, o povo teria de estar bem preparado para isso e não está como é evidente. E assim, com a premissa de “um homem um voto” (em combinações de sistemas mais ou menos proporcionais) o povo aprendeu a resignar-se com algo que dizem ser “democracia”, mas que na realidade não passam de “imensos ninhos” de ditaduras ou tiranias, onde ao fim e ao cabo, se praticam as maiores barbaridades (financeiras, sociais e políticas) e ninguém responde por nada!
É um pouco arriscado até, pensar e expor o nosso pensamento… mas olhando para os prelúdios de uma outra guerra internacional ou mundial, e até onde se pode chegar, na mira dos interesses do petróleo (motivo de todas as lutas sangrentas que ocorrem no Médio Oriente), devemos pois falar e cada um de nós dizer o que entender por conveniente, pensando sempre nessa “sempre ausente”, paz e harmonia… onde todos queremos chegar um dia, pese embora todos os malditos políticos, que hoje manejam (e não governam) este pobre planeta.
E raro é o dia que não oiço aquela maldita frase… até quando?


Edição: Só é possível existir uma verdadeira democracia se o povo possuir as “ferramentas” necessárias: educação e preparação. Para poder exercer a soberania e não ser manipulado por um qualquer usurpador de poder. Da mesma forma que se prepara o soldado para a batalha e ao operário se ensina o seu trabalho, tem que se educar o povo se queremos que seja ele o verdadeiro soberano. Se não tiver preparação, o soldado morre rapidamente no combate, o operário fracassa no seu trabalho, e a democracia… simplesmente NÃO existe.

sábado, setembro 16, 2006

Vitor Jara

Victor Jara: El canto no se apagará jamás

Joan Turner buscó por Santiago a su marido durante cientos de angustiosas horas. El dieciocho de septiembre, un amigo le comunicó que su cuerpo mutilado se encontraba desde hacía tres días en el depósito central de cadáveres. Las salas allí estaban colmadas hasta el techo. Le costó encontrarlo. Su cara aparecía cubierta de sangre y la cruzaba una herida de arma blanca. El pecho acribillado por la metralleta. Las piernas amarradas. Las muñecas de sus manos, según se dijo, golpeadas con martillo o culata de fusil. Así trataron al artista de siete dimensiones, al poeta, al actor, al director de teatro, al compositor, al padre de Amanda, al cantor del pueblo. El oficial lo conminó a que gritara "¡Viva la junta!". No lo hizo. ¿Lo mataron en el Estadio, que escuchó su canción muchas veces y que un día llevará su nombre?Uno de los generales explicó su muerte: "Había que poner fin a sus canciones y para eso hubo que matar a algunos de ellos".¡Poner fin a las canciones! Los pueblos ven en su muerte, como en el asesinato de García Lorca o de Miguel Hernández, el signo negro de la negación del canto, de la poesía y la vida. Aborrecen las expresiones más hermosas del ser humano, que son capaces de sobrevivir a pesar de todo. El himno de las juventudes del Mundo proclama en alta voz: "Ese canto no se apagará jamás". No se apagará jamás el canto de la juventud, el canto de los pueblos. Quisieron matar el canto del pueblo de Chile matando a Víctor jara. Pero Víctor Jara sigue cantando.



(*) Extracto do livro "Noches de Radio (Escucha Chile)" de Volodia Teitelboim, LOM Edições Chile, 2001.

O último poema escrito durante a sua detenção, nos dias que antecederam a sua morte.

quinta-feira, setembro 14, 2006

An Inconvenient Truth

"Uma Verdade Inconveniente" é um documentário de 90 minutos, um apelo urgente, mas também optimista, através do qual o realizador, Davis Guggenheim, tenta alertar as consciências dos cidadãos e da classe política para os perigos do aquecimento global e para a diminuição das reservas de água do planeta.

Tomando como fio condutor as conferências que Al Gore tem dado sobre o assunto, desde a sua derrota presidencial, o cineasta decidiu levar esta mensagem mais longe e a mais pessoas.

Depois de, em Dezembro de 2000, Gore ter aceite a frustrante (e duvidosa) derrota, decidiu operar uma profunda mudança na sua vida pessoal e profissional. O ex-senador retomou uma antiga vocação e passou a dedicar-se exclusivamente às questões ambientais. Nos últimos anos proferiu mais de um milhar de conferências, viajando por todo o mundo, e despertando audiências para um tema que afecta toda a Humanidade.

Defende que, se não houver uma mudança radical na gestão dos recursos e na produção de gás carbónico, em menos de uma década o nosso planeta entrará numa dinâmica catastrófica. O degelo dos pólos, a alteração dos ciclos climáticos, com o eclodir de perturbações meteorológicas extremas, como secas severas, inundações gigantes ou vagas de calor mortais, e a propagação de epidemias são apenas algumas das consequências.
Apesar disso, Gore mantém-se "optimista". Ainda estamos a tempo, acredita, de salvar o planeta. Mas, para que tal seja possível, todos temos que incorporar práticas simples no dia-a-dia - como separar o lixo, utilizar mais os transportes públicos, reduzir o consumo de água quente, regular os termóstatos, plantar árvores... - e sobretudo é necessário que a classe política reveja as suas opções. As grandes tarefas dependem sobretudo dos dirigentes políticos e devem ser adoptadas à escala mundial, defende. Al Gore continua a acreditar que a vontade política também é uma energia renovável.
(in estreia.online)


Acredito que o Mundo seria hoje bem diferente se Al Gore tivesse vencido as eleições há seis anos. E não era apenas em relação às questões ambientais...


Trailer

Estreia hoje.

segunda-feira, setembro 11, 2006

O outro 11 de Setembro

Este filme, foi para mim o início de um despertar de consciência. Vi a esplêndida obra de Helvio Soto pela primeira vez, com 15 anos, em 1976, e jamais esquecerei a dor e a revolta que senti, aliadas a um sentimento de impotência enorme, que ainda hoje recordo, tal como as lágrimas que derramei nessas 2 horas de película.
E hoje, quando vejo as grandes manifestações de solidariedade para com a Administração Bush (nota que não digo com o povo americano), a nível nacional, com o objectivo de instrumentalizar a opinião pública, fazendo crer que o 9/11 de 2001 foi o resultado de um ataque terrorista, por parte de Bin Laden, e não um sórdido e terrível plano interno, como na realidade aconteceu, arquitectado para justificar todos os ataques posteriores, efectuados pelos americanos a países independentes, recordo aquele filme e o papel da América nos acontecimentos do dia 11 de Setembro de 1973. E lembro aqui, para que também não esqueçamos o outro 11 de Setembro.

"En “Llueve sobre Santiago”, Soto a la manera de un documental reconstruye las últimas semanas del gobierno de Allende. Exprofesamente emplea el blanco y negro para plantear la lucha de clases atravesada en Chile durante el gobierno de la Unidad Popular. La alianza entre el Partido Comunista y el Partido Socialista conjuntamente los movimientos políticos de izquierda logran llevar a Allende al Palacio de la Moneda. Pero de inmediato nace la confabulación de la derecha chilena en consonancia con los norteamericanos quienes instruyen el sabotaje paulatino al gobierno cuyo planteamiento fue llevar al país del Mapocho al socialismo a través de la democracia. La efervescencia popular motivaba la toma de fábricas y grandes mítines en los que los discursos incendiarios se confundían con la música protesta. Entre tanto, la reacción se organizaba saboteando la producción en las fábricas y las minas y el paro del transporte."



Link 1
Link 2

domingo, setembro 10, 2006

sexta-feira, setembro 08, 2006

Segurança Social


[*]17 Perguntas e respostas sobre a reforma da Segurança Social


A Segurança Social é um direito universal dos portugueses consagrado no art.º 63º da Constituição da República, sendo um direito de cidadania fundamental para assegurar um vida com um mínimo de dignidade. E isto porque quando, devido à doença, ao desemprego, à invalidez e à velhice, um português fica sem possibilidade de obter rendimentos para poder viver, é a Segurança Social que garante o rendimento indispensável.


SERÁ QUE A SEGURANÇA SOCIAL É APENAS IMPORTANTE PARA OS REFORMADOS?

... Muitos portugueses, quando ouvem falar de Segurança Social, pensam que ela se restringe apenas ao pagamento de pensões de reforma, por isso que apenas interessa aos reformados ou quando se está próximo da idade da reforma. Isso não corresponde à verdade.
Em todas as situações da sua vida, quer na vida activa quer na situação de reformado, quando um português perde a capacidade para angariar os rendimentos de que precisa para viver, é a Segurança Social que lhe garante a sobrevivência. É também a Segurança Social que acorre a qualquer português quando é atingido pela pobreza, mesmo que antes não tenha descontado para a Segurança Social.
Assim, quando está doente, é a Segurança Social que lhe paga o subsídio de doença. Quando perde o emprego, é ainda a Segurança Social que lhe paga o subsídio de desemprego, e não o Fundo de Desemprego, que já não existe, como por vezes se ouve. Quando é atingido pela invalidez, é ainda a Segurança Social que paga a pensão de invalidez. Quando atinge a idade de reforma, é também a Segurança Social que paga a pensão de velhice.
E não se pense que a protecção da Segurança Social se limita apenas ao referido anteriormente. É igualmente a Segurança Social que paga o abono de família, as pensões sociais àqueles que nunca descontaram para a Segurança Social, mas que chegados aos 65 anos não têm recursos para viver, é ainda a Segurança Social que paga o Rendimento Social de Inserção, antes chamado Rendimento Mínimo Garantido, a milhares de famílias, é ainda a Segurança Social que financia as chamadas Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS) e as Misericórdias na luta contra a pobreza.
Em resumo, a Segurança Social está presente na vida de todos os portugueses desde a nascença até à morte. Portanto, conhecer bem os problemas da Segurança Social e defendê-la é fundamental para todos os portugueses.


Distanciar-se, alhear-se, ou considerar que a Segurança Social não lhe diz respeito, sendo apenas importante quando se chegar à reforma, para além de revelar um grande desconhecimento sobre os problemas fundamentais do País e dos portugueses e dos seus direitos, é permitir que outros decidam a seu bel prazer sobre matérias fundamentais que dizem respeito a todos os portugueses, é permitir que outros decidam sobre a nossa vida e a dos nossos filhos no presente e no futuro, é tornar possível que lhe sejam retirados direitos essenciais devido à sua passividade.


SERÁ QUE A SEGURANÇA SOCIAL ESTÁ FALIDA OU ENTRARÁ EM FALÊNCIA?

Um dos argumentos mais utilizados pelo governo e por todos aqueles que atacam a Segurança Social é que esta está falida ou vai falir. Muitas vezes não o dizem de uma forma explícita, mas a mensagem que desejam passar, ou passam, acaba por ser esta.

... A afirmação de que a Segurança Social está falida ou corre o risco de falência é, sob o ponto de vista técnico, uma grande mentira, e é necessário um combate contínuo para desmistificar. O certo é que é uma mensagem que é repetida muitas vezes, o que leva muitos, nomeadamente os jovens, a pensar que é uma verdade.
O objectivo é claro: desacreditar o sistema público de Segurança Social, criar a insegurança nos trabalhadores para que eles aceitem facilmente a redução de direitos e para que invistam as suas reduzidas poupanças em fundos de pensões privados, que é um negócio altamente lucrativo para a banca e seguradoras.

[*] Este post é um extracto de um estudo efectuado por Eugénio Rosa, economista, que demonstra claramente que a afirmação de que a Segurança Social está falida ou corre o risco de falência é uma grande mentira, e vale a pena ler todo o documento.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Para o ano há mais

Em 1976, Álvaro Cunhal afirmou, no discurso de encerramento da Festa do Avante, que esta é a maior, a mais extraordinária, a mais fraternal e humana jamais realizada no nosso País. A prova de que estava certo é o sucesso que continua a ter 30 anos depois, apesar das várias tentativas de alguns para a destruirem. Mas a Festa continua e a Luta também! ...

*Post recuperado.